sexta-feira, 2 de outubro de 2009

hoje de manhã ao sair de casa, pensei:
há qualquer coisa quase nua no calçar sapatos de verão que faz com que esse seja o meu primeiro acto de liberdade do dia, e esta será provavelmente das última vezes em que o poderei fazer.

saí de casa na fatalidade de vir a ter frio nos pés nas esperas de paragem de autocarro (agora gosto de chegar bem tarde para adormecer depressa), mas teimosa na minha despedida.

as sextas feiras são o meu dia da não-expectativa: sem aulas, não há nada que não possa fazer. em contrapartida acabo por ter de gerir a dificuldade em esquecer que gosto de olhar todos os dias para a agenda.
apesar de ter tomado pequeno-almoço com o xico, almoçado com ele e com o fidos (até hoje, os homens mais estáveis da minha vida), termos passado a tarde no salão barulhento do s.joão, depois reunião de urgência da AE e finalmente caffè di roma de fim de tarde com a ana luísa, apesar de, não tendo feito grande coisa, ter feito muita, cheguei a casa com o peso esmagador das mãos vazias.

de hoje fica-me a primeira sensação de outono,
as nuvens carregadas como insónias a amedrontar-me o sono.

preciso de comprar calçado de inverno.

1 comentário:

  1. nunca gostei a sensação de ter os pés descalços, por isso sempre me custou muito andar de sandálias. a sensação de ter algo que me aconchegue os pés supera, nesse aspecto, o gosto pela liberdade :P

    um dia sem nada para fazer? que sorte! :)

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