quarta-feira, 3 de março de 2010









(fotografia de Granada, Espanha)


3


Escolho uma cidade à minha medida.
Guia-nos o sul com remoinhos de pó sobre a estepe;
Renques daninhos, pragas de gafanhotos,
As cintilações faiscantes das ferraduras polidas,
Tudo profetizava - visões
De monge - que eu iria perecer.
Peguei no destino, atei-o à sela;
E agora que estou no futuro, permaneço
Hirto nos estribos com uma criança

Só quero a imortalidade
Para que o sangue flua pelas eras.

De boa vontade daria a vida
Por um lugar seguro e quente,
Não me guiasse a agulha aérea viva
Pelo mundo como a uma linha

Arseny Tarkovsky

"este poema fez-me acreditar na imortalidade", disseste.

segunda-feira, 1 de março de 2010



















(fotografia de nelson d'aires)

já não te aguardo,
adio-me.

valter hugo mãe


















(Desamor, ilustração de raquel marín)

O amor perdoa tudo, até o desejo.

Nietzsche

domingo, 28 de fevereiro de 2010



































ontem revisitámos o fabuloso destino de amélie.
gostava que me tivesse trazido menos insónias, apesar de tudo.