quarta-feira, 28 de outubro de 2009

sempre sonhei quase todas as noites, e é raro não me lembrar (pelo menos a curto prazo) das imagens, das palavras, dos sons e das personagens. mas sobretudo das histórias.
o facto de sonhar frequentemente obrigou-me, inevitavelmente, a viver bem com as recordações mais tétricas ou desconfortáveis que se possa imaginar e era capaz de jurar que isso teve também algum papel naquilo que sou hoje.

e depois, numa perspectiva mais poética, há imagens que não esquecemos.
hoje por exemplo, sonhei que de castigo por qualquer coisa que não me recordo agora, era obrigada a cortar as falanges de 9 dedos. ainda me lembro de olhar incrédula para os meus dedos sem unhas, de superfície plana e arestas duras e cilíndricas.
depois à tarde, na oficina de escrita, a conversa sobre a minha visita ao teatro anatómico (um dia destes terei mesmo de falar disso em pormenor).
no seguimento disso, o jorge melícias mostra-nos um fotógrafo, Joel-Peter Witkin, que usa cadáveres nas suas composições.

entre o sonho e anatomia:

1 comentário:

  1. bem... depois ainda argumentam que não existe tal coisa como a inveja do pénis....

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